Manutenção corretiva: como identificar falhas em máquinas?

por | 16 out, 2025 | Ferramentas de Manutenção | 0 Comentários

Manutenção corretiva: como identificar falhas em máquinas? 

A manutenção corretiva desempenha um papel essencial na operação industrial, permitindo que falhas sejam corrigidas rapidamente. 

Portanto, agir de forma precisa evita paradas prolongadas, reduz prejuízos e garante que os equipamentos retornem à operação com segurança e eficiência.

Quer entender como identificar problemas em máquinas? Continue a leitura para ter acesso às dicas que selecionamos para você.

Vamos lá?

Qual a importância de uma manutenção corretiva ágil?

Como você já sabe, o papel da manutenção corretiva é realizar um reparo ou substituição de peças e componentes de um equipamento, após uma falha.

Portanto, o objetivo é restaurar o ativo para que volte a funcionar com a maior rapidez possível e, assim, evitar longas paralisações e prejuízos para a operação.

No entanto, todo esse esforço será ineficaz se não houver compreensão clara de onde a falha ocorreu, qual foi sua causa e como solucioná-la de forma adequada.

A assertividade e a rapidez no diagnóstico é o que garante a produtividade e a segurança no chão de fábrica. Ou seja, quanto antes um problema for detectado, mais eficaz será a resposta e a confiabilidade do processo produtivo.

Leia também: 7 vantagens da manutenção preditiva na indústria

Principais falhas em máquinas industriais

O primeiro passo para uma manutenção corretiva é a identificação correta do tipo de falha. Para isso, é preciso conhecer os problemas mais comuns. 

Assim, será possível priorizar as ações, escolher as ferramentas de diagnóstico corretas e aplicar soluções de forma mais ágil e segura.

Confira quais são:

1. Falhas mecânicas

  • Desgaste de componentes;
  • Vibração excessiva;
  • Desalinhamento de peças. 

Esse tipo de falha pode gerar ruídos anormais, aumento de atrito e risco de quebra do próprio equipamento.

2. Falhas elétricas

  • Curtos-circuitos;
  • Sobrecargas;
  • Falhas em sensores ou circuitos de comando. 

Costumam aparecer após desligamentos inesperados, aquecimento ou mau funcionamento dos sistemas.

3. Falhas por lubrificação ou manutenção inadequada

  • Lubrificação industrial insuficiente ou inadequada;
  • Falta de limpeza ou acúmulo de resíduos;
  • Manutenção preventiva realizada de forma incorreta ou atrasada.

Esses problemas podem acelerar o desgaste (devido ao aumento do atrito e superaquecimento), reduzir a vida útil das peças e aumentar a frequência de paradas corretivas.

Ferramentas e métodos para diagnóstico de falhas

A manutenção corretiva se apoia em métodos e ferramentas que facilitam tanto o diagnóstico quanto a resolução das falhas.

Conheça as principais a seguir:

1. Monitoramento de condição

  • Sensores portáteis (vibração, ruído, som, temperatura, velocidade): permitem diagnósticos rápidos em campo;
  • Medição de descarga elétrica: localiza falhas em rolamentos, vazamentos e descargas invisíveis;
  • Monitoramento contínuo (on-line e sem fio): coleta dados em tempo real para manutenção;
  • Soluções de proteção de máquinas: emitem alertas automáticos quando sinais críticos são detectados.

Leia também: Análise de vibração: otimize seus ativos rotativos

2. Inspeção e análise visual

  • Checklists e inspeções visuais: detectam vazamentos, ruídos ou peças soltas;
  • Ferramentas de inspeção visual: ajudam a inspeção em locais de difícil acesso.

Checklist de Inspeção Visual de Rolamentos SKF

3. Montagem, desmontagem e alinhamento

  • Ferramentas de alinhamento de eixo: evitam vibração excessiva e prolongam a vida útil dos equipamentos;
  • Ferramentas hidráulicas e mecânicas de montagem e desmontagem: garantem precisão e segurança ao manipular componentes;
  • Aquecedores de rolamentos e componentes: facilitam a montagem/desmontagem sem causar danos.

Leia também: Gestão da manutenção industrial: principais indicadores, rotinas e ferramentas

Boas práticas na rotina de manutenção corretiva

Mesmo sendo uma prática reativa, a manutenção corretiva deve ser organizada de forma estratégica

Pensando nisso, reunimos, a seguir, algumas boas práticas que fazem diferença no dia a dia.

1. Observe constantemente sinais de alerta 

Alguns sinais de falha precisam ser monitorados constantemente para evitar o agravamento do problema e paradas mais longas e custosas. São eles:

  • Ruídos anormais;
  • Aumento de temperatura;
  • Vibração excessiva;
  • Quedas de rendimento;
  • Consumo energético fora do padrão.

Eles são indícios claros de que algo está errado. E ignorá-los pode gerar:

  • Interrupções inesperadas na produção que comprometem prazos e a qualidade do produto final;
  • Custos diretos que incluem reparos de emergência, substituição de peças e horas extras da equipe;
  • Custos indiretos, como atraso nas entregas, perda de confiança do cliente, retrabalho e, em casos mais graves, danos a outros equipamentos.

Leia também: Manutenção industrial: guia completo para a aplicação eficiente!

2. Registre detalhadamente as ações corretivas realizadas

Construir um histórico atualizado de manutenção corretiva ajuda na identificação de padrões, evitando a reincidência de falhas

Sem contar que, esse tipo de documento (com data, tipo de falha, causa identificada, solução aplicada e tempo de reparo) contribui também para o planejamento de treinamentos e capacitações

Da mesma forma que auxilia na tomada de decisão quanto a substituição de equipamentos industriais e máquinas. E, inclusive, fortalece a justificativa para aquisição de peças originais.

3. Priorize e otimize de processos

Mesmo tendo a urgência de uma manutenção corretiva, é fundamental priorizar as ações. Afinal, nem todas as falhas têm o mesmo impacto.

Por isso, aqui:

  • Avalie a criticidade do problema;
  • Considere o tempo de parada;
  • Calcule o custo associado.

Essas informações serão critérios importantes para a organização da rotina e, consequentemente, para a otimização dos processos. Isso porque a equipe será melhor organizada, evitando retrabalhos e desperdício de tempo.

Leia também: O que é PCM, o Planejamento e Controle da Manutenção?

Checklist rápido de manutenção corretiva

Checklist rápido de manutenção corretiva

Antes de começar as ações de manutenção corretiva:

  • Confira se há sinais visíveis de desgaste ou vazamento;
  • Verifique ruídos e vibrações fora do normal;
  • Cheque se a lubrificação está em dia;
  • Confirme se os parâmetros elétricos estão estáveis (quando aplicável);
  • Garanta que os registros das últimas manutenções estejam disponíveis para consulta.

Próximos passos!

A manutenção corretiva é fundamental para garantir que as falhas não comprometam a produtividade e a segurança no chão de fábrica. 

Mas, para que ela seja realmente eficaz, é indispensável contar com ferramentas adequadas, peças de qualidade e agilidade na entrega.

Por isso, conheça o Guia de Produtos Rolatel e encontre todos os componentes e soluções SKF, além das demais marcas que distribuímos. Execute a manutenção corretiva de forma prática, rápida e segura.

Guia de produtos rolatel

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