O bom desempenho de máquinas e equipamentos industriais depende de diversos fatores, mas poucos são tão decisivos quanto o alinhamento correto dos eixos.
Embora muitas vezes subestimado, esse processo tem impacto direto na produtividade, nos custos operacionais e na vida útil dos ativos.
Pensando nisso, reunimos, neste conteúdo, tudo que precisa saber sobre esse processo. Continue a leitura para conferir!
Qual é a importância do alinhamento de eixos em máquinas?
O alinhamento de eixos é a característica fundamental para o bom funcionamento e vida útil dos equipamentos industriais! Isso porque é ela que garante a eficiência da transmissão de potência, reduzindo desgastes dos componentes e, assim, evitando falhas prematuras.
Em outras palavras, sem o alinhamento não há como garantir que a produção seja confiável, escalável e contínua, capaz de eliminar redução de custos e otimizar recursos.
Afinal, quando os centros dos eixos não estão na mesma linha:
- O ativo funciona com alto esforço mecânico;
- Aumenta o número de vibrações, ruídos e até o consumo de energia;
- Acelera o desgaste dos equipamentos, já que as partes móveis passam a operar com esforços desiguais;
- Cresce a frequência de falhas e, consequentemente, as paradas não planejadas.
Segundo o Jornal Empresa e Negócios, mais de dois terços das empresas do setor industrial enfrentam paradas não programadas pelo menos uma vez por mês. Essas interrupções, para a maioria das empresas, geram um custo médio por hora parada em torno de R$700 mil!
Esse número reforça como práticas de manutenção preventivas, como o alinhamento de eixos, podem ter um impacto direto na saúde financeira da indústria, nos investimentos dos ativos e na continuidade das operações.
Leia também: Depreciação de máquinas e equipamentos: como otimizar os ativos?
Como identificar o desalinhamento dos eixos?
Diante da importância do alinhamento de eixos, torna-se vital o reconhecimento antecipado de possíveis desajustes. Somente assim será possível evitar danos nos equipamentos e falhas na produção.
Contudo, esse problema não é visível a olho nu. Ou seja, exige completa atenção a alguns sinais sutis que aparecem durante a operação da máquina. São eles:
- Vibrações: quando há desalinhamento, as vibrações se intensificam e podem ser acompanhadas de ruídos incomuns, como batidas, estalos ou zumbidos;
- Aquecimento excessivo: o esforço mecânico é distribuído de forma desigual, aumentando o atrito interno e, assim, o calor. O mesmo pode ser percebido em mancais, acoplamentos e áreas próximas aos rolamentos industriais;
- Desempenho do equipamento: redução de eficiência, desgaste irregular de peças, aumento no consumo de energia e necessidade frequente de manutenção são sintomas indiretos deste problema.
No entanto, para um diagnóstico ainda mais eficiente e preciso, deve-se utilizar ferramentas específicas de monitoramento da condição de equipamentos. Como sensores de vibração, ou ferramentas de medição de temperatura e descarga elétrica.
A Rolatel, por exemplo, oferece uma linha completa dessas soluções que ajudam a detectar variações no comportamento do equipamento em tempo real.
De qualquer forma, a combinação da observação técnica com o uso de tecnologias adequadas é a melhor forma de garantir a detecção precoce e evitar prejuízos maiores.
Leia também: Manutenção TPM: o que é a Manutenção Produtiva Total?
Quais são os tipos de desalinhamento de eixos?
Existem três tipos principais de desalinhamento de eixos.
Conhecer cada um deles é essencial para diagnosticar corretamente o problema e adotar as medidas corretivas mais adequadas. São eles:
- Desalinhamento paralelo: refere-se ao deslocamento, na horizontal e/ou vertical, entre as linhas de centro dos eixos;
- Desalinhamento angular: diz respeito a inclinação, na horizontal e/ou vertical, entre as linhas de centro de dois eixos;
- Desalinhamento combinado: quando ocorre o deslocamento e a inclinação, na horizontal e/ou vertical, entre as linhas de centro de dois eixos.
Como fazer o alinhamento de eixos?
De uma maneira geral, para realizar o correto alinhamento de eixos é possível seguir o passo a passo:
1. Faça a inspeção preliminar
Com a máquina ligada, observe os sinais de desalinhamento, como aqueles citados anteriormente: aquecimento, vibração e ruídos.
Já com a máquina desligada, observe possíveis sinais de desgastes irregulares em acoplamentos.
2. Limpe a área e verifique os componentes
Durante esse processo, garanta que todos os componentes estejam limpos. Isso porque a sujeira pode interferir nas medições e inspeções preliminares. O que compromete a precisão do alinhamento.
3. Realize as medições
É importante medir o desalinhamento e entender qual deles se trata (angular, paralelo ou combinado). Essa etapa é possível ser realizada com réguas, calibradoras e até mesmo alinhadores a laser.
Um exemplo de ferramenta eficiente, para essa fase, é o TKSU 10, fornecido pela Rolatel. Esse é um detector de desalinhamento de eixo a laser que realiza medições precisas e fáceis de interpretar, contribuindo para a redução do desgaste em componentes de equipamentos rotativos.
4. Faça o ajuste do posicionamento dos equipamentos
Com base nos resultados obtidos, faça os ajustes necessários no posicionamento das partes móveis, garantindo que elas alcancem a posição ideal de alinhamento.
5. Repita as medições e registre resultados
Por fim, repita as medições para ter certeza do alinhamento dos eixos e documente os resultados. Assim, será possível construir um histórico de manutenção industrial que facilite a identificação e intervenções futuras.
Quais são as consequências do desalinhamento dos eixos?
A falta de alinhamento de eixos gera impactos significativos, tanto no desempenho quanto na durabilidade dos componentes, levando a altos custos de manutenção.
Por exemplo, quando ocorre o desalinhamento de eixos, os rolamentos autocompensadores de rolos (projetados para suportar cargas radiais e axiais) são diretamente afetados.
Nessas condições, sua vida útil é significativamente reduzida, visto que passam a operar sob esforços irregulares e fora dos parâmetros ideais de funcionamento.
Já os mancais, responsáveis por sustentar e proteger os rolamentos, também são impactados pelo desalinhamento. As tensões excessivas, geradas nessa condição, podem comprometer sua integridade, provocando danos estruturais e perda de desempenho ao longo do tempo.
Sem contar que, o desalinhamento também pode causar falhas nas vedações. Com isso, não há uma barreira eficiente que proteja os rolamentos, facilitando a entrada de contaminantes como poeira e umidade.
Os acoplamentos e correias são forçados a trabalhar sob tensão desigual, provocando desalinhamento secundário, rupturas, folgas e vibrações. Esse problema impacta diretamente o desempenho da transmissão de potência, aumentando os riscos de parada do sistema.
Outro efeito importante do desalinhamento é o comprometimento da lubrificação. Ele pode impedir a correta distribuição do lubrificante, criando pontos de atrito excessivo e calor localizado. Isso prejudica a proteção dos componentes internos.
Essas são só algumas das consequências da falta de alinhamento de eixos. De todo modo, o desalinhamento representa um risco significativo para os ativos da indústria e seus componentes, comprometendo a saúde financeira do negócio e a produtividade.
Próximos passos!
O alinhamento de eixos vai muito além de uma simples etapa de manutenção; ele é parte estratégica da saúde dos equipamentos e da estabilidade da operação industrial.
Quando negligenciado, compromete componentes críticos, aumenta o consumo de energia, eleva os custos e coloca em risco a produtividade da empresa.
Investir em alinhamento é investir em eficiência, segurança e durabilidade. E para isso, contar com as soluções certas faz toda a diferença.
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